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As
cinco vias consistem em cinco grandes linhas de argumentação por
meio das quais se pode provar a existência de Deus. Sua importância
reside sobretudo em que supõe a possibilidade de se chegar no
entendimento de Deus, ainda que de forma parcial e indireta, a partir
da consideração do mundo natural, do cosmo, entendido como criação
divina.
Tomás
de Aquino formula
as argumentações que provam a existência de Deus sob a influência
do pensamento de Aristóteles, recorrendo não à Bíblia, mas,
sobretudo, à Metafísica do filósofo grego.
MARCONDES,
D. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos
a Wittgenstein. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. p.
1-
Tomás
de Aquino formula
as argumentações que provam a existência de Deus sob a influência
do pensamento de: Aristóteles.
|
O
PRIMEIRO RACIOCÍNIO
é o da modificação e é o que ele considera ser o mais evidente.
Os nossos sentidos nos mostram que as coisas do mundo modificam, ora
qualquer coisa que modifica é porque sofreu ação de outra
coisa.Logo,
é necessário um primeiro motor, que é Deus.
As
coisas não podem ser causa das próprias mudanças, tudo que foi
modificado foi modificado por outra coisa. Se as modificações que
ocorrem no mundo foram ligadas em forma de causa e efeito, deve
existir uma causa última que desencadeou todos os outros movimentos,
todas as outras modificações e essa causa última de todas as
modificações é Criador, pois ele é imutável, não se modifica e
é único.
1-
O que a primeira
via supõe? A existência do movimento no universo.
|
O
SEGUNDO
raciocínio é o principio causal. As coisas que existem tem
necessariamente que terem sido feitas por algo que seja anterior a
ela. O principio causal de uma pessoa são seus pais e da mesma forma
todas as coisas tem o seu principio causal. Se raciocinarmos seguindo
o principio de causa e efeito e formos buscar no passado a causa de
todas as coisas, chegaremos a uma causa única que causou todas as
outras coisas, essa causa única é Criador. Existe
uma causa primeira eficiente, que é Deus.
1-
A segunda via refere-se a: causa
eficiente
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A
existência necessária é o TERCEIRO
raciocínio. No mundo encontramos muitas coisas, ou todas as coisas,
que podem ser e podem também não ser, ou ser e deixar de ser o que
são. Uma pessoa é, mas pode deixar de ser. Tomás acreditava que é
impossível que as coisas sejam sempre, um dia o que é deixará de
ser. Mas para que as coisas existam, mesmo que temporariamente, é
necessário que exista algo que exista sempre, esse algo que sempre
existiu e sempre existirá é Criador.Logo,
existe um primeiro necessário, que é Deus, que é necessário.
Somos contingentes.
1-
A que se refere a terceira via? A existência necessária do
Criador.
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O
QUARTO raciocínio
é o dos graus de perfeição. De todas as coisas que existem no
mundo podemos classificá-las em melhores ou piores. Uma casa pode
ser melhor que outra casa que pode ser pior do que uma terceira.
Quando seguimos esse pensamento estamos organizando as coisas
conforme seu valor, algumas coisas são mais ou menos perfeitas que
outras. Na sequência, deve haver algo que seja bom, verdadeiro,
virtuoso e perfeito ao máximo grau. A mais elevada perfeição, para
Tomás, é Criador.Logo,
há algo que é a causa da existência para todas as coisas, que é
Deus.
1-
A quarta via refere-se aos: Graus
de perfeição.
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QUINTO
(último)
dos cinco raciocínios lógicos para provarmos a existência de
Criador segundo Tomás é o raciocínio do finalismo. Muitas coisas
que não tem em si conhecimento de sua finalidade buscam mesmo assim
um fim em seus movimentos, como algumas plantas que tem por
finalidade produzir frutos. Como o conhecimento da finalidade da
planta - produzir frutos - não está na planta, ele deve estar em
algum outro ser, e esse ser é Criador.
A
quinta via fala da questão da: ordem e finalidade que a suprema
inteligência governa todas as coisas. Logo,
existe algo inteligente, que é Deus, que dirige as coisas a um fim
(finalidade).
1-
O que são as cinco vias de Tomás de Aquino? caracterizar
o conhecimento e provar a existência de Deus.
2-A
quinta via é: A Via
do governo das coisas/da finalidade do ser.
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